Já não sei mais quem eu sou - Identidade
- Valdir Brisola
- 30 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 25 de nov. de 2024
A pergunta "Quem sou eu?", talvez seja uma das mais antigas e complexas da história humana.

Um tema recorrente nas sessões de psicanálise é a busca por identidade. Muitos pacientes têm a mesma angústia, e é comum ouvirmos nas sessões de psicanálise declarações como:
“Eu gostaria muito de saber quem eu sou.”
“Eu já nem sei quem sou!”
“Gostaria muito de entender quem sou.”
Essa inquietação é particularmente comum em momentos de transição ou crises. Momentos de mudanças — sejam elas profissionais, como a aposentadoria, ou pessoal, como a perda de entes queridos — costumam nos levar a essa reflexão. Nesses períodos, a vida pode parecer um quebra-cabeça que perdeu algumas de suas peças fundamentais.
A nossa identidade é formada em grande parte pelos laços que criamos, pelas atividades que realizamos e pelas referências que acumulamos ao longo do tempo. Quando essas referências se desfazem, especialmente na velhice, podemos sentir como se estivéssemos "sem chão", questionando quem somos e sem aqueles elementos que antes davam sentido à nossa existência.
Esse questionamento, por mais doloroso que seja, é natural e merece atenção.
Se você é esta pessoa, ou conhece alguém que está passando por essa fase de questionamento existencial, saiba que você não precisa enfrentar isso sozinho(a) e que buscar ajuda profissional é um passo fundamental.
A psicanálise propõe um espaço seguro para explorar as várias camadas de nossa identidade, ajudando-nos a revisitar nossa história, compreender nossas relações e ressignificar os fragmentos que parecem perdidos. No processo, aprendendo a olhar para nossa trajetória com mais atenção e compreensão.
Não hesite em procurar apoio. O caminho para o autoconhecimento e de restauração da identidade é desafiador, mas muito enriquecedor.
Mande uma mensagem pra que possamos trabalhar nisso!
Comentários